Pular para o conteúdo principal

Busca

Motivada de prioridades

 

Era uma vez, em um canto qualquer da existência, um espaço onde as prioridades motivadoras não dominavam a vida das pessoas. Um lugar onde os caminhos não precisavam de placas e as metas não estavam escritas em quadros brancos. Aqui, ninguém acordava com a obrigação de vencer o dia ou de seguir listas intermináveis de tarefas. As coisas simplesmente aconteciam, como folhas levadas pelo vento, e cada dia era tão significativo ou insignificante, quanto o anterior. 

 

 

A essência dessa sociedade era simples: a vida não precisava de justificativa. Viver era suficiente. Ninguém perguntava qual é o seu propósito? Porque o conceito de propósito era algo distante, talvez até abstrato demais. Para essas pessoas, não havia a obsessão por deixar um legado, por ser o "melhor" ou por alcançar um ideal de sucesso que sempre parecia estar um passo além. Afinal, quem disse que a vida precisa ser uma competição? 

 

 

Pense em uma manhã tranquila. O sol nasce sem alarde, tingindo o céu de laranja e rosa. Nesse mundo, a rotina era inexistente, mas não por rebeldia, e sim por uma falta de necessidade. Alguém podia passar o dia inteiro observando as ondas do mar sem sentir culpa. Outras pessoas talvez dedicassem horas a uma atividade qualquer, como esculpir algo de madeira ou cuidar de um pequeno jardim de ervas. Essas ações, desprovidas de grandes significados ou de objetivos maiores, eram suficientes. 

 

 

Curiosamente, ninguém estava perdido ou procrastinando. A ausência de prioridades motivadoras não era sinônimo de estagnação. Ao contrário, as pessoas viviam com uma leveza que é rara em lugares onde as prioridades ditam o ritmo. Não havia a pressão de se encontrar porque ninguém nunca se sentiu perdido. Elas estavam onde precisavam estar, no momento presente. 

 

 

Em muitos lugares do mundo, há uma exaltação quase religiosa da proatividade. Fazer, realizar, construir, crescer, verbos que comandam vidas e definem personalidades. Mas e se essas palavras perdessem o poder? E se, de repente, o universo aceitasse as pessoas exatamente como elas são, sem exigir movimento constante? 

 

 

Nesse lugar imaginário, ninguém se apresentava dizendo eu sou médico, eu sou escritor ou eu sou empresário. Identidades não estavam atreladas a funções ou ocupações. Se alguém perguntasse quem é você? A resposta poderia ser algo tão simples quanto: Eu sou alguém que gosta de observar os pássaros ao entardecer. Isso era o bastante. Não havia a necessidade de listar conquistas, porque as conquistas, no fim das contas, não determinavam o valor de ninguém. 

 

 

Em uma conversa comum, as pessoas não perguntavam: Por que você fez isso? Ou o que você espera ganhar com isso? As ações não precisavam de justificativa ou de uma análise estratégica. Se alguém quisesse passar a tarde pintando círculos em uma tela, pintava. Se outro preferisse caminhar descalço na lama, fazia isso. Não havia críticas, porque o conceito de produtividade como medidor de valor simplesmente não existia.

Na ausência de prioridades motivadoras, o tempo não era perdido, pois ele não precisava ser ganho. Ele apenas era vivido. Era possível passar uma tarde inteira assistindo ao movimento das nuvens ou contando as estrelas sem que isso fosse visto como um luxo ou uma preguiça. 


 

 

Mesmo sem metas a alcançar, a criatividade florescia de maneira única. Quando ninguém precisa provar nada a ninguém, o ato de criar deixa de ser um meio para um fim e se torna uma experiência em si. Alguém pode escrever um poema sem a preocupação de publicá-lo. Outro pode construir uma pequena cabana de madeira apenas para ver como ela ficaria.

Nessa sociedade, a expressão artística não era uma obrigação, mas um reflexo natural da liberdade de ser. A música não precisava ser gravada, a arte não precisava ser exposta e os pensamentos não precisavam ser publicados. Criar por criar era suficiente. 


 

 

Sem prioridades, a relação com o tempo mudava completamente. Em vez de correr contra ele, as pessoas caminhavam lado a lado com os minutos e as horas. A ideia de estar atrasado não fazia sentido, pois não havia compromissos rígidos. Se uma pessoa decidisse cozinhar um ensopado que levasse o dia todo para ficar pronto, ela o faria sem pressa. E o aroma que tomava conta do ambiente era tão satisfatório quanto o próprio prato.

O passado não pesava, o futuro não preocupava. Cada dia tinha sua beleza particular, e os desafios – quando surgiam – eram enfrentados com a mesma naturalidade com que se enfrentava uma tarde chuvosa. Era uma aceitação serena da impermanência. 


 

 

    Caso você queira participar do nosso grupo do WhatsApp e acompanhar nossa jornada, toque no botão mostrado a seguir: 

 

Pode que você goste de conferir também: 










Nota: Ao perceber qualquer sinal de mal estar, busque uma ajuda profissional, de preferência médica e qualificada quando preferir para assim, evitar futuros problemas. 

 

Sem a pressão por resultados, as interações humanas eram genuínas e despretensiosas. As pessoas não se relacionavam para networking ou para trocar favores. Elas se conectavam porque gostavam de estar juntas, porque valorizaram a companhia umas das outras.

Era comum ver grupos sentados em torno de fogueiras, contando histórias ou simplesmente ficando em silêncio. O silêncio, aliás, era valorizado. Não havia a necessidade de preencher todos os momentos com palavras ou ações. Estar presente era o suficiente. É claro que, ao descrever esse lugar imaginário, muitas perguntas surgem. Como essa sociedade lidaria com problemas práticos, como doenças ou escassez de recursos? Como seria possível viver sem algum grau de organização? Mas talvez essas questões revelem mais sobre os valores que carregamos do que sobre as reais necessidades humanas. Afinal, nossa obsessão por metas, por produtividade e por significado nos trouxe felicidade plena?

Talvez não precisemos abandonar completamente nossas prioridades motivadoras para aprender algo com esse mundo fictício. Talvez, de vez em quando, possamos permitir-nos viver sem a pressão de alcançar, de provar, de superar. Talvez possamos, por um dia, apenas existir, como folhas levadas pelo vento.

Porque, no final das contas, a vida é suficiente por si só. E isso já é tudo. 


Gostou da matéria?

Se sim, compartilhe este post com seus amigos e colegas. Vamos ajudar mais pessoas a viver de forma agradável! 

Mais acessado

Divirta-se caçando as palavras

  Nossa autoestima é capaz de fazer com que nossos objetivos sejam alcançados. Uma das maiores vantagens de fazer caça-palavras é a estimulação cognitiva proporcionada por essa atividade. Encontrar palavras em um emaranhado de letras envolve processos cerebrais complexos, como a percepção visual, o reconhecimento de padrões e a memória de curto prazo. Esses exercícios ajudam a manter o cérebro ativo, o que é crucial em todas as idades, mas especialmente importante para idosos, pois a prática regular pode contribuir para prevenir o declínio cognitivo. Embora a estimulação cognitiva seja um dos principais benefícios do caça-palavras, essa atividade também pode promover relaxamento e reduzir o estresse. Muitas pessoas encontram no caça-palavras uma forma de desconectar-se das preocupações diárias e mergulhar em um estado de foco tranquilo. A repetição do processo de busca e o prazer de encontrar as palavras escondidas oferecem uma sensação de satisfação e bem-estar. Esse e...

Guarde amor e espalhe sorrisos

  Como guardar amor e espalhar sorrisos?  → Ajude o próximo, para isso, esteja presente nos momentos difíceis, oferecendo apoio e escuta. Às vezes, tudo o que alguém precisa para sorrir é saber que não está sozinho. Compartilhe boas histórias, crie momentos de leveza e alegria, e valorize as coisas simples da vida. Espalhar sorrisos é uma consequência natural de quem vive com amor no coração. Um sorriso é um gesto simples e poderoso, capaz de transformar o dia de alguém. Cumprimente as pessoas com um sorriso sincero por onde andar, mostre interesse por e valorize elas, seja generoso em seus elogios. Pequenos gestos, como uma palavra de encorajamento ou um ato de gentileza inesperado, têm um impacto duradouro.  E sim! Jesus Cristo é o primeiro amor da minha vida! Com experiência, hoje tudo faz sentido #graças  Guardar amor e espalhar sorrisos não é apenas um lema para melhorar o ambiente ao nosso redor, mas também uma filosofia de vida que pode trazer profu...

Se coloque em lugar de destaque

  Observar com atenção, ouvir com o coração, aceitar com gratidão e ter fé sempre.  Já vivemos muitas vezes. Estamos com as pessoas certas para ajustarmos os nossos corações e solucionarmos os nossos problemas. Na reencarnação ninguém erra de endereço.  A vida é uma jornada de tentativas, erros e sucessos. Cada passo que damos, seja ele certo ou errado, nos leva para mais perto do que buscamos. E, com otimismo e resiliência, podemos continuar tentando, sem medo de errar, e seguir em frente, sem a necessidade de reclamar.  Reclamar não resolve os problemas, nem nos faz avançar. Na verdade, isso pode drenar nossa energia e nos distrair da solução. Quando paramos de reclamar e começamos a agir, começamos a ver resultados. Isso não significa ignorar os desafios ou fingir que está tudo bem quando não está, mas sim reconhecer que, embora os obstáculos existam, cabe a nós decidir como vamos enfrentá-los. Tentar e errar faz parte da vida . Errar é uma parte e...